terça-feira, 30 de agosto de 2011

Sequência Didática Nome Próprio: Criando e recriando jogos no kidsmart

SEQUÊNCIA DIDÁTICA – NOME PRÓPRIO: Criando e Recriando jogos no kidsmart
Área de formação humana – Linguagem oral, escrita e leitura
Objetivos:
-Identificar as semelhanças e diferenças entre as letras de seu nome e as dos demais colegas.
-Fazer tentativas de escrita
-Participar da construção de textos coletivos escritos pelo professor.
Tempo: Quatro semanas - três vezes por semana 
Faixa etária: Pré
Material: Kidsmart e impressora (recursos), sulfite, riscantes (giz de cera, lápis grafite e lápis de cor), cartolina, sementes (grãos) e papel contact.
Desenvolvimento:
1ª etapa
Conversaremos sobre o computador (pastas e documentos) fazendo a comparação com uma pasta de divisórias e os documentos com os papéis. Mostraremos a pasta de divisórias para as crianças e explicaremos como funciona e como os papeis são guardados. Demonstraremos no computador como isso é feito e os ícones na área de trabalho. Abriremos uma pasta e deixaremos que as crianças percebam que ali dentro existem outras coisas, como na pasta arquivo que eles observaram.
Iniciaremos com um grupo de seis crianças criando uma pasta para cada uma delas. Em seguida abriremos um documento do wordpad onde as crianças digitarão seus nomes e salvarão em suas pastas. Mostraremos o pendrive, explicando que ele também possui pastas, e salvaremos nele os nomes para imprimir na secretaria do CMEI.
2ª etapa
Durante a impressão dos nomes, que serão as cartelas do jogo de bingo, conversaremos sobre a impressora como um componente acessório do computador, a tinta, a folha e seu funcionamento. Voltaremos para a sala com os nomes impressos e observaremos os nomes na roda de conversa, conversaremos sobre o nome de cada letra e as diferenças e semelhanças entre elas.
Com a ajuda da professora as crianças irão separar as letras com régua, traçando quadrados na folha para formar a cartela de bingo, onde cada letra é uma pedra a ser sorteada. Concluiremos colorindo cada letra de uma cor. Recortaremos e colaremos contact nas cartelas.
3ª etapa
Na roda de conversa falaremos sobre a possibilidade de jogar com a cartela explicando que existe um jogo chamado bingo. Conversaremos sobre a forma de jogar, as regras e construiremos um texto coletivo contendo as regras. A professora digitará em fonte grande no word com o apoio das crianças e colaremos em um cartaz.
4ª etapa
Cada criança encontrará a cartela com o seu nome e jogaremos o bingo. Conversaremos sobre as letras, seus formatos e sons, semelhanças e diferenças. O sorteio de cada letra será feito pelas crianças que, alternadamente, uma a uma, sorteiam e nomeiam as letras mostrando para os colegas. O jogo será realizado em grupos de 10 crianças para que todas joguem efetivamente e entendam as regras construindo aprendizagens.
5ª etapa
Trarei para a turma a proposta de construção de jogos, a partir dos jogos tradicionais. Conversaremos sobre os jogos que conhecemos, dominó, memória, trilhas e dentre estes quais gostaríamos de construir ou recriar.
Dentro desta proposta vou sugerir a construção de um jogo Tapa Certo com fotos das crianças e seus nomes. Também colocarei como opções os jogos de memória com nome e o dominó com nomes e fotos. As fotos das crianças foram anexadas quando criamos as pastas individuais no kidsmart.
Cada jogo será construído com grupos de 10 crianças. Os jogos serão feitos com os nomes e fotos dos componentes do grupo e posteriormente serão apresentados aos demais grupos.
Cada grupo terá um nome dado pelas crianças através de votação.
6ª etapa
Construção do primeiro jogo: Tapa Certo – Primeiro grupo de crianças
Conheceremos o Jogo Tapa Certo, exploraremos e conversaremos sobre como podemos adaptar e colocar nossos nomes construindo um novo jogo. Em seguida, construiremos as peças no kidsmart, utilizando nomes (digitados pelas crianças) e as fotos. Imprimiremos, recortaremos e colaremos contact. Daremos sequência digitando coletivamente as regras do jogo que colaremos em um cartaz. Por fim, construiremos as mãozinhas do tapa certo, utilizando o contorno das mãos de uma das crianças.
Exploraremos o jogo.
7ª etapa
Construção do segundo jogo: Memória – Segundo grupo de crianças
Conversaremos sobre as peças e a montagem delas com os nomes dos alunos e as fotos das crianças. Confeccionaremos as peças no kidsmart. Cada criança digitará seu nome e anexaremos a foto abaixo para quem sejam impressos na mesma folha. Coletivamente faremos o texto coletivo com as regras do jogo. Após a impressão, juntamente com as crianças, a professora recortará as peças.
Exploraremos o jogo.
8ª etapa
            Construção do terceiro jogo: Dominó – Terceiro grupo de crianças
Conversaremos sobre o jogo comparando com os jogos de dominó que conhecemos. Faremos as peças do jogo utilizando nomes que as crianças digitarão no kidsmart e as fotos que anexaremos. Este jogo deverá ser construído com seis crianças pelo número de peças que tem o jogo. Construiremos as regras e jogaremos.
             9ª etapa
            Socializaremos os jogos com os grupos. Cada grupo terá dois ou três representantes que explicarão as regras e jogarão, exemplificando para ensinar os colegas. Os jogos serão dispostos no canto dos jogos para que as crianças explorem em diversos momentos.
            Avaliação:
            Compreendem as diferenças e semelhanças entre as letras de seus nomes e dos demais colegas. Criam hipóteses e fazem tentativas de escrita sobre o seu nome e dos colegas.
            Participam nas construções dos jogos, na produção de textos coletivos, na construção das peças dos jogos e fazem uso do computador. A interação entre os grupos promovendo uma convivência prazerosa e de aprendizagem mútua.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A Professora Teruko Iwakami Beltrão

Teruko Iwakami Beltrão
 
Teruko Iwakami Beltrão agradece o ato gratificante da honraria. Foto - Ary Martins Filho

Nascida em 26 de janeiro de 1925, em Sapporo- Japão, Teruko Iwakami mudou-se para o Brasil em 1931 porque sua mãe Setsu Iwakami foi transferida como diretora da Escola Jaguaré, para ministrar aulas de japonês para a comunidade nipo-brasileira do interior de São Paulo e seu pai, Saisuke Iwakami, formado pela Universidade de Chicago, veio como voluntário para atuar como pastor da Igreja Protestante.
Iniciou seus estudos no Japão mas chegando no Brasil foi matriculada em escola brasileira e em 1945 formou-se no magistério na Escola Industrial Carlos de Campos, em São Paulo. No ano seguinte, conseguiu seu primeiro emprego, no Banco Mercantil de São Paulo, onde trabalhou no setor de câmbio.
A frente do seu tempo, nunca foi submissa como as mulheres japonesas e sempre soube lutar pelos seus sonhos. Foi por isso que em 1949, quando seus pais tinham feito um miai (casamento arranjado), faltando uma semana para a cerimônia, fugiu para o Rio de Janeiro porque sabia que tinha muito a contribuir para o mundo.
Foi no Rio de Janeiro, em 1949, que conheceu Domingos Anisio Dias Beltrão, com quem se casou em 1951, e viveu durante 50 anos até que ele veio a falecer. O casal teve 04 filhos: Kaizo, Taminori, Izumi e Minoru.
No Rio de Janeiro seu primeiro emprego foi como secretária bilingüe na Companhia Importadora Sueca Ltda, trabalhando depois, em 1960, no departamento de importação da Companhia Vale do Rio Doce, em 1962 como secretária bilingüe da ONU (Organização das Nações Unidas) e em 1967 na Embaixada dos Estados Unidos.
Em 1964, durante a revolução, seu marido foi transferido para Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul onde, Teruko além de cuidar da família, trabalhou como intérprete durante 06 anos para a Zen-Nou que comprava produtos da Cooperativa Vacariense.
Foi em 1973 que a família Beltrão se mudou para Curitiba pois considerava que a cidade era culturalmente melhor para criar os filhos que já estavam no período de cursar uma universidade. Inclusive todos eles conseguiram se formar sendo 01 no ITA, 02 na UFPR e 01 na USP.
Sempre atuante, a partir de 1981 Teruko começou a trabalhar como intérprete de missões japonesas que vinham ao Paraná e em 1985 foi indicada para ocupar o cargo de vice-diretora do Departamento de Assistência Social do Bunkyo de Curitiba.
Uma das maiores conhecedoras da cultura japonesa, Teruko trabalhou muito para sua preservação e divulgação em Curitiba sendo nomeada desde 1993, a vice-presidente do Departamento Cultural da Sociedade Cultural e Beneficente Nipo-Brasileira de Curitiba.
Aluna desde 1979 da cerimônia do chá da Escola Urasenke em 1991 recebeu do Japão autorização para ministrar aulas da arte aos interessados todas as quintas-feiras na Praça do Japão.
Em 1999 recebeu o certificado de mestre da cerimônia do chá Urasenke e o nome de Sooki. Como esta arte e um aprendizado constante, todos os meses viajava a São Paulo para aperfeiçoar seu conhecimento e poder transmitir a seus alunos. Ministrava palestras em várias universidades. Foi convidada para compor a comissão organizadora do Cinqüentenário da Cerimônia do Chá, realizado no México e em São Paulo.
Conhecedora da arte do arranjo floral, ikebana, recebeu seu primeiro certificado em 1980, da escola Kado Sanguetsu. Sempre se aperfeiçoava nesta arte. Também ministrou aulas de origami (dobradura de papel) para professoras da Prefeitura Municipal de Curitiba.
Professora da língua japonesa desde 1981 no curso de extensão universitária da Universidade Federal do Paraná, Teruko além de se dedicar no ensino da língua japonesa aos seus alunos também procurou aperfeiçoar seu conhecimento pois em 1987 obteve o certificado de proficiência em língua japonesa – nível I, da Associação Internacional de Educação do Japão. Ajudadou a coordenar simpósios no Brasil e no Japão sobre educação da língua japonesa.
Desde 1998 ministrava aulas de japonês gratuitamente para as pessoas que procuram a ABD - Associação Brasileira de Dekasseguis.
De um coração imenso, o maior defeito de Teruko foi de ter sido o de não saber dizer não. Sempre que procurada, se dispunha a auxiliar as pessoas pois sempre estava ajudando eventos beneficentes.
Extremamente ativa, resolveu estudar espanhol, porque queria aprender uma outra língua além do japonês, inglês e francês. Foi depois dos 70 anos que aprendeu a lidar com a Internet e conseguia se comunicar com o mundo através de e-mails.
Trabalhou como secretária-executiva do Escritório de Representação do Estado de Hyogo no Brasil, além de ministrar aulas de japonês, de cerimônia de chá e ajudar na organização de eventos ligados a cultura japonesa ou eventos beneficentes.
Em 1991 a Câmara Municipal homenageou-a com o Prêmio Cidade de Curitiba e em 2005 com o Título de Cidadã Honorária de Curitiba em reconhecimento a sua dedicação para a preservação e divulgação da cultura japonesa para a sociedade curitibana.
Teruko Beltrão faleceu recentemente aos 80 anos de idade, deixando uma extensa folha de realizações e saudades à todos que a conheceram.


domingo, 5 de junho de 2011

Refletindo

"Para ser um educador de verdade, um verdadeiro mestre, todo professor deve, antes, ser uma grande pessoa".
                                                                                                                             Celso Antunes